quinta-feira, 28 de novembro de 2019

A culminância do Estágio 2019

Eu e minha amiga Daniela!

Culminância do estágio

Dia de festa, 
mas também, de despedida.
Dia de muitos sorrisos 
e de lágrimas sofridas.
Dia de sentimento de dever cumprido,
e de alívio por ter vencido!
Dia de uma saudade 
que quer ser revivida.
Dia de amizades 
que levarei para toda a vida.


 
Durante todo o percurso nossos pensamentos eram de que tudo acabasse logo. Parecia tão duro e tão difícil, mesmo tendo a sorte de estar com uma turma tão especial. 
Admitimos, não foi fácil não, mas vencemos e hoje podemos dizer: 
"Até que foi tranquilo"...rsrs. 
O dia tão esperado da culminância chegou. 
Nos preparamos com afinco pra que tudo continuasse dando certo. 
E deu! 
A culminância deste estágio foi diferente! 
Muito amor envolvido! 
Preparamos as sacolinhas surpresas e os envelopes de atividades nos dias anteriores. 
O lanche foi pensado com antecedência. 
Fizemos bolos, pipocas, pão de queijo, geladinhos coloridos e os refrigerantes.
Tudo com muito carinho!
As crianças estavam ansiosas para tudo acontecer e nós também!
A apresentação foi ensaiada durante o período de estágio com a música: 
"Ouvi dizer!"
Pensamos nesta música juntos, pois ela fala de como é bom estar com as pessoas, mesmo sendo tão diferentes uns dos outros.
Eles apresentaram e foi um arraso!
Apresentação da nossa turminha de estágio - "Ouvi dizer - Melin"
Depois das apresentações de cada turma, a nossa fechou com chave de ouro.
Logo depois dos agradecimentos e das homenagens devidas, voltamos para as salas e também agradecemos à turma, à professora regente e a cuidadora, por todo apoio e carinho que nos deram.
Elas foram top!
Presenteamos as queridas mestras daquela turminha tão especial.
Fizemos nosso lanche juntos, nos divertimos e também entregamos às crianças as sacolinhas surpresas e as atividades de todo estágio.
Este dia foi terminando e entrou para nossa história!
Tanto aprendizado e gratidão!
Nunca vamos esquecer!
Nos despedimos de todos com muitos abraços e beijos,
e promessas de que nos veremos em outras oportunidades,
se Deus permitir!

Sabemos que a educação não pode tudo, mas pode alguma coisa. Sua força reside exatamente na sua fraqueza. Cabe a nós pôr sua força a serviço dos nossos sonhos (FREIRE, 1991, p. 126). 


sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Reflexões Estágios nos anos Iniciais





A disciplina de Estágio na Educação Infantil nos proporciona momentos incríveis de muito aprendizado. Estar em contato com a realidade da escola é um misto de sentimentos, até mesmo para quem já está ou esteve inserido naquele contexto. A insegurança, a preocupação de que tudo dê certo, a certeza de que nem sempre tudo acontecerá como planejado, são fatos reais.  
Enquanto estagiária nos anos iniciais, tem sido possível criar experiências e situações que permitam a escuta, a participação, o compartilhamento das vivências dos alunos, principalmente nos momentos das rodas de conversa. 
O período de regência dura 14 dias. São momentos intensos, mas também, de muito aprendizado. Minha sorte é ter encontrado uma pessoa tão especial para fazer parte deste momento comigo: minha amiga querida, Daniela! Com ela, as tardes tem sido mais fáceis, mais alegres e mais leves... "Com você tudo fica tão leve que até te levo na garupa da bicicleta..." rsrsrsrs Ela vai entender!
Na primeira semana de regência, iniciamos a aplicação do método sociolinguístico com as palavras geradoras AutomestimaDiferença que despertaram o interesse nas crianças. Nosso projeto tem por objetivo trabalhar as questões relacionadas à diversidade. Apresentamos vídeos, realizamos dinâmicas, rodas de conversa, atividades em grupo e até truques de mágica (rsrs) para dinamizar o conteúdo. Nossa turma é o 3º ano C, e são, em sua maioria, avançados nos conteúdos. Todos são muito inteligentes e participativos, tem sempre algo a falar.  Ainda assim, fomos surpreendidas com a mudança no comportamento das crianças. Nos períodos de observação e coparticipação, elas pareciam mais "comportadas" (rsrs). Agora que as professoras somos nós, estagiárias, as crianças mostraram-se completamente diferentes. Alguns enfrentamentos aconteceram, e desafios, antes não percebidos, ocorreram. Ao mesmo tempo que passamos por estes momentos conturbados até que tudo se encaixasse, vivemos momentos também muito prazerosos, onde as crianças também participaram das aulas e demonstraram interesse por cada conteúdo. Além disso, os melhores momentos são os que elas nos abraçam, dizem que nos amam, até mesmo depois de chamarmos atenção por algum comportamento inadequado. É engraçado como as crianças são puras neste sentido, sinceras e tem facilidade em amar e demonstrar carinho. 
A segunda semana também teve momentos conturbados e momentos produtivos e alegres, como é típico da docência. Nesta semana trabalhamos as palavras geradoras Cidadania e Atitude. O que fez a diferença foi a desenvoltura e segurança com que nos apropriamos para melhor manejar a sequência didática de cada dia. Criamos algumas estratégias para facilitar nosso trabalho, como, por exemplo, a organização das carteiras. Colocamos os alunos em duplas e foi bastante produtivo. As duas palavras geradoras da semana também despertaram interesse nas crianças. Foi possível aplicar melhor o método sociolinguístico, sem falar que eles já estão acostumados ao método e participam com mais facilidade da proposta. 
Na última semana de estágio trabalhamos as palavras geradoras Respeito e Amizade. Apresentamos vídeos sobre o respeito à mulher, respeito aos deficientes e respeito aos animais. Conversamos sobre esse tema e muitos alunos trouxeram vivências com relação a cada uma das temáticas dos vídeos. Tivemos momentos de desabafo e também podemos perceber como é dura a vida de muitos daqueles alunos. 
Sobre o tema Amizade, como tema que finaliza nossa regência, trabalhamos com a música "Ouvi Dizer" (Melin), que as crianças adoram. Buscamos retirar desta canção as questões relacionadas ao estar junto, a saber conviver com o outro, a gostar de estar com as pessoas que chamamos de amigos e que dizemos que gostamos e a respeitá-las da maneira como são. Trabalhamos também através do texto "Receita para uma amizade fantástica" e reforçamos todas as temáticas trabalhadas até aqui, pois todas estão interligadas, precisam umas das outras para sabermos conviver em sociedade, respeitando as diferenças.
Cada trabalho pedagógico foi orientado por planos de aula. Utilizamos muitos recursos neste dias que facilitaram nossas ações: cartazes, músicas, contação de histórias, vídeos, atividades em grupo, atividades de relaxamento, rodas de conversa, dinâmicas, brincadeiras, etc.
Estar no espaço escolar contribuiu para pensar uma prática pedagógica afetiva e significativa, reafirmando a ideia de que o professor e a escola devem estabelecer relações não superficiais com as crianças, tornando o cotidiano da escola mais proveitoso, abrindo caminhos para o encontro e para a busca do lugar de pertencimento de cada criança e de cada professor! Conforme Libâneo, Oliveira e Toschi (2009, p. 994) "a escola é uma organização em que tanto seus objetivos e resultados quanto seus processos e meios são relacionados com a formação humana, ganhando relevância, portanto, o fortalecimento das relações sociais, culturais e afetivas que nela têm lugar". Deste modo, criar meios que facilitem os bons encontros dentro do ambiente escolar é refletir e agir sobre a perspectiva do aprendizado e do afeto e de como estes se relacionam para o processo de ensino e aprendizagem.  
É necessário reconhecer que nós aprendemos muito com as crianças e que elas também tenham aprendido conosco! 

LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João F. de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. 7.ed. São Paulo: Cortez, 2009.


Fontes Pré-profissionais

MEU DIÁRIO!
Me chamo Flávia Bernardes da Rocha Guimarães, tenho 43 anos e vou contar aqui um pouco da minha trajetória.  A escolha pela profissão docente teve início quando eu ainda era criança. Brincando de professora com um quadro negro e giz branco, utilizava livros didáticos antigos e ensinava aos meus alunos imaginários ou aos meus pais e avós, muitas vezes "convocados" a fazer parte da brincadeira. Minha infância foi muito feliz, tive sorte! Acho que foi Deus mesmo! Sempre é! Minha família sempre foi muito presente e participativa, sempre conversando e ouvindo nossas vozes infantis, a minha e de meus irmãos. Com isso, crescemos em um ambiente que criança pode falar sua opinião sem que se perca o respeito aos mais velhos. Repito: tive sorte! Foi Deus! 

Outros responsáveis pelo meu aprendizado e desenvolvimento que fizeram toda diferença na minha vida, com toda certeza, foram as escolas que estudei; A primeira: Luarte - A casa do Curumim (https://www.luarteacasadocurumim.com/). Tenho orgulho de feito parte da família Curumim. Como aprendi naquele lugar! E mesmo tendo estudo lá até a 5ª série (4º ano do fundamental) me lembro de tantas coisas boas, dos professores, dos colegas, dos horários de intervalo, até de atividades que me marcaram e das aulas de educação física com a prof Rosana. Até hoje, existem momentos em que me recordo de coisas e agradeço, pois acredito que foi uma base fundamental no meu processo de ensino e aprendizagem.

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Escola Municipal Leônidas Sobriño Porto - 1995
A segunda escola que estudei a partir da 6ª série (5º ano do fundamental) se chama Escola Municipal Leônidas Sobriño Porto (https://www.facebook.com/EscolaMunicipalLeonidasSobrinoPorto). De igual modo foi muito significativa na minha trajetória formativa e enquanto pessoa! Amigos que eu tenho até hoje e que são inesquecíveis! Essa escola era um daqueles poucos exemplos de escola pública que funciona e que faz a diferença na vida dos alunos. Os professores foram marcantes, Dona Leila, Prof Josimar, Prof Palmira, e tantos outros que ensinaram de verdade.  


Oficialmente ingressei na área do ensino para me tornar professora em 1996, no IESK, (http://iesarahkubitschek.blogspot.com/)  Instituto de Educação Sarah Kubitschek. Estudei no Sarah por pouco tempo, apenas um ano. Logo depois, no mesmo ano, me casei com o militar mais gato do Exército Brasileiro e no ano seguinte fui morar na cidade de Resende, interior do Estado do Rio de Janeiro, em janeiro de 1997.
Em Resende dei continuidade aos estudos do curso normal (magistério), no Colégio Estadual Pedro Braile Neto (https://pt-br.facebook.com/cepbn/). Foi nesta instituição que me apaixonei verdadeiramente pela educação e tive a certeza de que era o que eu queria. As aulas de estágio e didática e os momentos de estágio foram essenciais! O contato com o ambiente escolar, com a sala de aula e com as crianças foi fundamental! Lembro até hoje daqueles rostinhos!

Formei-me como professora de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental no ano de 1998, momento de muita emoção e agradecimento a Deus, ao meu esposo e a minha família. A caminhada estava apenas começando e eu não sabia que ainda teria um longo percurso pela frente. Nos anos seguintes, não atuei como professora em escolas, apenas nas classes de crianças da Igreja Metodista Central em Resende (http://catedralemanuel.com.br/) onde era membro ativa. Procurava sempre fazer cursos de reciclagens e obter formação continuada através de congressos, seminários e mini-cursos locais. Em 2002, ainda na cidade de Resende, motivada por meu esposo a voltar a estudar, procurei saber sobre o curso de licenciatura em matemática na Faculdade Estácio de Sá, mas logo descobri que estava grávida do meu primeiro e tão esperado filho. Então optei por não fazer a faculdade e sim cuidar dele. Depois pensaria nos estudos de novo. Minha prioridade naquele momento era "meu motivo de riso!" Em 2005 fui presenteada com meu segundo filho... "Deus ouviu minha voz!", mais um menino! Feliz e realizada, adiei mais um pouco a volta aos estudos.
Passaram-se alguns anos e em 2011, quando já tinha meus dois filhos com 5 e 4 anos de idade, voltamos a morar no Rio de Janeiro depois de 3 anos morando na cidade de Tefé, interior do Amazonas. Ao retornarmos ao Rio colocamos nossos filhos em uma das escolas mais conhecidas e antigas no bairro onde morávamos.
Nessa época, influenciada e motivada mais uma vez pelo meu esposo, fiz o vestibular para a Faculdade Estácio de Sá e passei para o curso de Pedagogia. Neste mesmo ano fui chamada para trabalhar como professora no Centro Educacional Tags (http://centroeducacionaltags.blogspot.com/). Foi quando a pedagogia, o magistério e a vida de professora voltaram com força total.

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Centro Educacional Tags - 2013 e 2014

Alguns meses depois, fui convidada a trabalhar no Colégio Simonin situado no bairro de Bangu. Escola que meus filhos estudavam.(http://www.colegiosimonin.com.br/) 

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Colégio Simonin - 2014 e 2015
Foi fundamental para minha vida profissional por ser uma escola conceituada e com excelente ensino. Continuei os estudos na faculdade ao mesmo tempo em que trabalhava nas duas escolas como professora do terceiro ano do ensino fundamental. Tempos depois, continuei apenas no Simonin para ter tempo de me dedicar para minha família, trabalho e faculdade. 
Em meados de 2015, tranquei o curso de pedagogia e em 2016, minha família e eu fomos transferidos para a cidade de Tabatinga. Novamente no Amazonas, lugar de muitos encantos! Uma cidade brasileira que faz de fronteira com Colômbia e Peru.
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Aula de Campo - Tabatinga, AM - 2016
Em Tabatinga voltei a cursar pedagogia no 5º período. Conheci pessoas muito queridas, acolhedoras e calorosas. Bem típico do manauara. Na UEA,  (http://www3.uea.edu.br/event.php) Universidade Estadual do Amazonas aprendi o ensino da terra, de um povo que é realmente nosso, um povo com atitudes mais humanas e verdadeiras. Como me orgulho disso! Não tenho como descrever tudo que vivenciei na instituição e na cidade. Foi muito significativo pra mim! Momentos de muito aprendizado e o contato com uma das áreas que mais gosto dentro do ensino, a Educação Ambiental.


UEA - Estágio 2017 

Quando chegamos à Tabatinga, tínhamos planos de ficar por lá apenas por dois anos, tempo que não afetaria a educação dos nossos filhos e tempo suficiente para eu terminar o curso na UEA. Mas, para nossa surpresa, o curso de pedagogia durava quatro anos e meio. Teríamos que ficar mais um ano na cidade. Apesar de meu esposo e filhos terem dado todo apoio para continuarmos na cidade para que eu terminasse o curso, eu optei por irmos para outro lugar. Descobrimos a tal cidade de Jequié, no sudoeste bahiano. Nunca tínhamos morado no nordeste e a experiência tem sido bastante rica!
Desde de janeiro de 2018, moro na cidade de Jequié, Bahia. Atualmente, dou os últimos passos em direção à esta formação com tantas idas e vindas, tantas situações de aprendizado em locais diferentes, com pessoas diferentes e culturas diferentes. Cursando pedagogia na UESB (http://www.uesb.br/nossos-campi/campus-de-jequie/), só posso agradecer por tanta vivência.

A meta é concluir o curso de pedagogia neste ano de 2019 e encerrar essa etapa da minha vida no intuito de prosseguir para novos recomeços, novos caminhos e novos lugares!


UESB - 2018 e 2019

Acredito que ser professora foi uma das melhores escolhas. Só posso concluir que tudo isso é uma história de amor, amor pela pedagogia, pela docência, pelo ensino, pelo ato de ensinar e aprender, pela vidaAmor! Que eu prossiga neste caminho de amar ensinar. Que meu fazer docente seja a transmissão do amor!

"O amor é a emoção central na história evolutiva humana desde o início, e toda ela se dá como uma história em que a conservação de um modo de vida no qual o amor, a aceitação do outro como um legítimo outro na convivência, é uma condição necessária para o desenvolvimento físico, comportamental, psíquico, social e espiritual normal da criança, assim como para a conservação da saúde física, comportamental, psíquica, social e espiritual do adulto. Num sentido estrito, nós, seres humanos, nos originamos no amor e somos dependentes dele. Na vida humana, a maior parte do sofrimento vem da negação do amor: os seres humanos somos filhos do amor"
(MATURANA, 1998, p. 25).

ESCOLA MEDIANEIRA - SANTA MARIA/RS
2020 - 2021 - 2022

2020 - Então chega o ano de 2020 e somos transferidos para a cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Não sabíamos, mas este seria um ano completamente diferente! Chegamos na cidade e logo passamos em frente à Escola Medianeira. Eu disse: "Vou trabalhar aqui!". Claro que antes de chegarmos na cidade, eu já havia enviado currículos para várias escolas, virtualmente. Resumindo, com 20 dias a Escola Medianeira me telefonou e convidou para entrevista. Assumi uma turma de 4º ano em 2020, depois de algum tempo sem trabalhar, apenas em formação. 
O Ano de 2020 foi atípico, pois fomos surpreendidos com a pandemia. Então, além de voltar ao trabalho em uma escola grande, um mês depois fomos todos para casa, professores e educandos, aprender a usar as tecnologias a nosso favor. Não foi fácil! Como dizem: "Deu pra rir e pra chorar!". Mas no final, deu tudo certo!!!
Ainda no ano de 2020 fui convidada para assumir uma turma em outra escola, também virtualmente. Fiquei por quatro meses como professora substituta na turma 41, do turno matutino, no Colégio Antônio Alves Ramos - O Colégio Pallotti me abraçou, mesmo à distância, e era só o início de um relacionamento com um lugar que eu amei trabalhar.
To be continued... rsrsrs