Me chamo Flávia Bernardes da Rocha Guimarães, tenho 43 anos e vou contar aqui um
pouco da minha trajetória. A escolha pela profissão docente teve início
quando eu ainda era criança. Brincando de professora com um quadro negro e giz
branco, utilizava livros didáticos antigos e ensinava aos meus alunos
imaginários ou aos meus pais e avós, muitas vezes "convocados" a fazer parte da
brincadeira. Minha infância foi muito feliz, tive
sorte! Acho que foi Deus mesmo! Sempre é! Minha família sempre foi muito presente e
participativa, sempre conversando e ouvindo nossas vozes infantis, a minha e de
meus irmãos. Com isso, crescemos em um ambiente que criança pode falar sua
opinião sem que se perca o respeito aos mais velhos. Repito: tive sorte! Foi
Deus!
Outros responsáveis pelo meu
aprendizado e desenvolvimento que fizeram toda diferença na minha vida, com
toda certeza, foram as escolas que estudei; A primeira: Luarte - A casa do
Curumim (https://www.luarteacasadocurumim.com/). Tenho orgulho de feito parte da família Curumim. Como aprendi naquele lugar! E mesmo tendo estudo lá até a 5ª série
(4º ano do fundamental) me lembro de tantas coisas boas, dos professores, dos
colegas, dos horários de intervalo, até de atividades que me marcaram e das aulas de educação física com a prof Rosana. Até
hoje, existem momentos em que me recordo de coisas e agradeço, pois acredito
que foi uma base fundamental no meu processo de ensino e aprendizagem.
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Escola Municipal Leônidas Sobriño Porto - 1995 |
Oficialmente ingressei na área do ensino para me tornar professora em 1996, no IESK, (http://iesarahkubitschek.blogspot.com/) Instituto de Educação Sarah Kubitschek. Estudei no Sarah por pouco tempo, apenas um ano. Logo depois, no mesmo ano, me casei com o militar mais gato do Exército Brasileiro e no ano seguinte fui morar na cidade de Resende, interior do Estado do Rio de Janeiro, em janeiro de 1997.
Em Resende dei continuidade aos estudos do curso normal (magistério), no Colégio Estadual Pedro Braile Neto (https://pt-br.facebook.com/cepbn/). Foi nesta instituição que me apaixonei verdadeiramente pela educação e tive a certeza de que era o que eu queria. As aulas de estágio e didática e os momentos de estágio foram essenciais! O contato com o ambiente escolar, com a sala de aula e com as crianças foi fundamental! Lembro até hoje daqueles rostinhos!
Formei-me como professora de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental no ano de 1998, momento de muita emoção e agradecimento a Deus, ao meu esposo e a minha família. A caminhada estava apenas começando e eu não sabia que ainda teria um longo percurso pela frente. Nos anos seguintes, não atuei como professora em escolas, apenas nas classes de crianças da Igreja Metodista Central em Resende (http://catedralemanuel.com.br/) onde era membro ativa. Procurava sempre fazer cursos de reciclagens e obter formação continuada através de congressos, seminários e mini-cursos locais. Em 2002, ainda na cidade de Resende, motivada por meu esposo a voltar a estudar, procurei saber sobre o curso de licenciatura em matemática na Faculdade Estácio de Sá, mas logo descobri que estava grávida do meu primeiro e tão esperado filho. Então optei por não fazer a faculdade e sim cuidar dele. Depois pensaria nos estudos de novo. Minha prioridade naquele momento era "meu motivo de riso!" Em 2005 fui presenteada com meu segundo filho... "Deus ouviu minha voz!", mais um menino! Feliz e realizada, adiei mais um pouco a volta aos estudos.
Formei-me como professora de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental no ano de 1998, momento de muita emoção e agradecimento a Deus, ao meu esposo e a minha família. A caminhada estava apenas começando e eu não sabia que ainda teria um longo percurso pela frente. Nos anos seguintes, não atuei como professora em escolas, apenas nas classes de crianças da Igreja Metodista Central em Resende (http://catedralemanuel.com.br/) onde era membro ativa. Procurava sempre fazer cursos de reciclagens e obter formação continuada através de congressos, seminários e mini-cursos locais. Em 2002, ainda na cidade de Resende, motivada por meu esposo a voltar a estudar, procurei saber sobre o curso de licenciatura em matemática na Faculdade Estácio de Sá, mas logo descobri que estava grávida do meu primeiro e tão esperado filho. Então optei por não fazer a faculdade e sim cuidar dele. Depois pensaria nos estudos de novo. Minha prioridade naquele momento era "meu motivo de riso!" Em 2005 fui presenteada com meu segundo filho... "Deus ouviu minha voz!", mais um menino! Feliz e realizada, adiei mais um pouco a volta aos estudos.
Passaram-se alguns anos e em 2011, quando já tinha meus dois filhos com 5 e 4 anos de idade, voltamos a morar no Rio de Janeiro depois de 3 anos morando na cidade de Tefé, interior do Amazonas. Ao retornarmos ao Rio colocamos nossos filhos em uma das escolas mais conhecidas e antigas no bairro onde morávamos.
Nessa época, influenciada e motivada mais uma vez pelo meu esposo, fiz o vestibular para a Faculdade Estácio de Sá e passei para o curso de Pedagogia. Neste mesmo ano fui chamada para trabalhar como professora no Centro Educacional Tags (http://centroeducacionaltags.blogspot.com/). Foi quando a pedagogia, o magistério e a vida de professora voltaram com força total.
Alguns meses depois, fui convidada a trabalhar no Colégio Simonin situado no bairro de Bangu. Escola que meus filhos estudavam.(http://www.colegiosimonin.com.br/)
Foi fundamental para minha vida profissional por ser uma escola conceituada e com excelente ensino. Continuei os estudos na faculdade ao mesmo tempo em que trabalhava nas duas escolas como professora do terceiro ano do ensino fundamental. Tempos depois, continuei apenas no Simonin para ter tempo de me dedicar para minha família, trabalho e faculdade.
Em meados de 2015, tranquei o curso de pedagogia e em 2016, minha família e eu fomos transferidos para a cidade de Tabatinga. Novamente no Amazonas, lugar de muitos encantos! Uma cidade brasileira que faz de fronteira com Colômbia e Peru.
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Centro Educacional Tags - 2013 e 2014 |
Alguns meses depois, fui convidada a trabalhar no Colégio Simonin situado no bairro de Bangu. Escola que meus filhos estudavam.(http://www.colegiosimonin.com.br/)
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Colégio Simonin - 2014 e 2015 |
Em meados de 2015, tranquei o curso de pedagogia e em 2016, minha família e eu fomos transferidos para a cidade de Tabatinga. Novamente no Amazonas, lugar de muitos encantos! Uma cidade brasileira que faz de fronteira com Colômbia e Peru.
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Aula de Campo - Tabatinga, AM - 2016 |
Em Tabatinga voltei a cursar pedagogia no 5º período.
Conheci pessoas muito queridas, acolhedoras e calorosas. Bem típico do manauara. Na UEA, (http://www3.uea.edu.br/event.php) Universidade Estadual do Amazonas
aprendi o ensino da terra, de um povo que é realmente nosso, um povo com atitudes mais humanas e verdadeiras. Como me orgulho
disso! Não tenho como descrever tudo que vivenciei na instituição e
na cidade. Foi muito significativo pra mim! Momentos de muito aprendizado e o contato com uma das áreas que mais gosto dentro do ensino, a Educação
Ambiental.
Quando chegamos à Tabatinga, tínhamos planos de ficar por
lá apenas por dois anos, tempo que não afetaria a educação dos nossos
filhos e tempo suficiente para eu terminar o curso na UEA. Mas, para nossa
surpresa, o curso de pedagogia durava quatro anos e meio. Teríamos que ficar
mais um ano na cidade. Apesar de meu esposo e filhos terem dado todo apoio
para continuarmos na cidade para que eu terminasse o curso, eu optei por irmos
para outro lugar. Descobrimos a tal cidade de Jequié, no sudoeste bahiano. Nunca tínhamos morado no nordeste e a experiência tem sido bastante rica!
Desde de janeiro de 2018, moro na cidade de Jequié,
Bahia. Atualmente, dou os últimos passos em direção à esta formação
com tantas idas e vindas, tantas situações de aprendizado em locais diferentes,
com pessoas diferentes e culturas diferentes. Cursando pedagogia na UESB (http://www.uesb.br/nossos-campi/campus-de-jequie/),
só posso agradecer por tanta vivência.
A meta é concluir o curso de
pedagogia neste ano de 2019 e encerrar essa etapa da minha vida no intuito
de prosseguir para novos recomeços, novos caminhos e novos lugares!
Acredito que ser professora foi uma das melhores
escolhas. Só posso concluir que tudo isso é uma história de amor, amor pela
pedagogia, pela docência, pelo ensino, pelo ato de ensinar e aprender, pela vida! Amor! Que eu prossiga
neste caminho de amar ensinar. Que meu fazer docente seja a transmissão do
amor!
"O amor é a emoção central na história evolutiva
humana desde o início, e toda ela se dá como uma história em que a conservação
de um modo de vida no qual o amor, a aceitação do outro como um legítimo outro
na convivência, é uma condição necessária para o desenvolvimento físico,
comportamental, psíquico, social e espiritual normal da criança, assim como
para a conservação da saúde física, comportamental, psíquica, social e
espiritual do adulto. Num sentido estrito, nós, seres humanos, nos originamos
no amor e somos dependentes dele. Na vida humana, a maior parte do sofrimento
vem da negação do amor: os seres humanos somos filhos do amor"
(MATURANA, 1998, p. 25).
O Ano de 2020 foi atípico, pois fomos surpreendidos com a pandemia. Então, além de voltar ao trabalho em uma escola grande, um mês depois fomos todos para casa, professores e educandos, aprender a usar as tecnologias a nosso favor. Não foi fácil! Como dizem: "Deu pra rir e pra chorar!". Mas no final, deu tudo certo!!!
Ainda no ano de 2020 fui convidada para assumir uma turma em outra escola, também virtualmente. Fiquei por quatro meses como professora substituta na turma 41, do turno matutino, no Colégio Antônio Alves Ramos - O Colégio Pallotti me abraçou, mesmo à distância, e era só o início de um relacionamento com um lugar que eu amei trabalhar.
To be continued... rsrsrs
Oi Flávia, Fale como vc foi alfabetizada. Como era a relação professor aluno etc
ResponderExcluirQue linda história hein? Bom demais ir escrevendo aos poucos com tantas cores... Já chega ao fim esse capítulo e muitos outros virão pela frente! Amo vc cunhada!
ResponderExcluirTe amo tbm, Kel! Tá terminando mesmo! Tem hora q nem acredito!
ExcluirSua história é bem parecida com a minha, quem tem mãe professora dificilmente escapa dessa profissão. Feliz em ler sua itinerância e compromisso com a docência. A UESB ganhou muito com sua presença.
ResponderExcluirOk, prof querida,obrigada!
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